No Brasil, sobre um milhão de exames coprológicos que eram feitos pelos serviços de saúde (SUCAM), a prevalência geral era de 36,7%, em 1997, mostrando tendência para o declínio nos anos sucessivos. Na Amazônia, as taxas foram superiores a 60%, enquanto no Nordeste oscilaram entre 33 e 50%; elas foram elevadas em Alagoas (78%) e Sergipe (92%), baixando para 33% ou menos no Sul do país (REY, 2001, p.571). A maior incidência da parasitose em crianças é atribuída ao fato de exporem-se elas mais frequentemente ao contato com ovos, por brincarem no chão e por terem hábitos higiênicos mais pobres que os adultos. Pela mesma razão, as cargas parasitarias são geralmente maiores entre crianças em idade pré-escolar ou escolar que nos indivíduos mais velhos (REY, 2001, p.571).
Esta doença se dá devido à ingestão de ovos infectantes junto com alimentos contaminados. Os ovos são extremamente resistentes podendo sobreviver por anos no solo, contaminando vegetais e mãos, poeira e insetos podem ainda servir como veículo de ovos infectantes (SOUSA, 2001, p.21 apud JACKSON, 1990). O parasitismo por Ascaris é totalmente assintomático. Calcula-se que apenas um de cada seis indivíduos infectados acusa manifestações clínicas, devido a que, na grande maioria dos casos, o numero de vermes albergados é pequeno; as alterações produzidas podem ser de origem mecânica, tóxica ou alérgica (REY, 2001, p.567).
Os vermes adultos podem causar alterações graves como ação espoliadora, tóxica, mecânica e localizações ectópicas como no apêndice cecal e eliminação do verme pela boca. Em infecções maciças causadas por larvas, encontramos lesões hepáticas como focos hemorrágicos e de necrose e lesões pulmonares como quadro pneumônico, alergia e bronquite.
A educação sanitária da população, a construção de fossas sépticas, tratamento em massa da população periodicamente durante três anos consecutivos, proteção dos alimentos contra poeira e insetos, manipulação higiênica dos alimentos são as medidas mais indicadas para o controle desta parasitose (SOUSA, 2001, p.21 apud NEVES, 1995).
MELO.Mere Catarina et al. Helmintos com Importância para Saúde Pública em Áreas Urbanas . UCSAL/SEMOC 2007
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